sexta-feira, 5 de maio de 2017

Executivo da OAS diz que empreiteira também tinha departamento de propinas

O executivo da OAS Agenor Franklin Medeiros revelou ao juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato na primeira instância, a existência de uma ‘área de vantagens indevidas’ dentro da construtora destinada ao financiamento de campanhas eleitorais. Em depoimento, ele relatou que a empreiteira fez parte de esquemas de corrupção dentro e fora da Petrobrás e que havia um caixa para os partidos. O caixa do PT, especificamente, era controlado pelo presidente, Léo Pinheiro. Agenor é réu no processo que investiga propinas da OAS ao ex-presidente Lula.
A revelação do executivo da OAS causou surpresa aos investigadores. Até aqui, a Operação Lava Jato havia descoberto a atuação da máquina de propinas de outra empreiteira, a Odebrecht, que operava sob o rótulo Setor de Operações Estruturadas – por meio do qual dezenas de políticos, partidos e agentes públicos foram abastecidos com somas milionárias durante longos anos.
A denúncia do Ministério Público Federal sustenta que Lula recebeu R$ 3,7 milhões em benefício próprio – de um valor de R$ 87 milhões de corrupção – da empreiteira OAS, entre 2006 e 2012. As acusações contra Lula são relativas ao suposto recebimento de vantagens ilícitas da empreiteira OAS por meio do triplex no Guarujá, no Solaris, e ao armazenamento de bens do acervo presidencial, de 2011 a 2016. As informações são de O Estado de São Paulo.

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