A defesa do ex-presidente Lula tem tentado de todas as formas contestar as decisões judiciais proferidas desde setembro de 2016, quando ele virou réu no caso do tríplex do Guarujá. De lá para cá, o petista trava uma batalha de recursos com a força-tarefa da Operação Lava-Jato, que resulta em uma petição levada ao Judiciário a cada três dias. Ao todo, foram 159 medidas judiciais, conforme levantamento divulgado pelo jornal O Globo nesta terça-feira (23).
Desse total de recursos, 11 petições tiveram o intuito de afastar o juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, e os procuradores das investigações. Petições também foram protocoladas para tentar anular a sentença de nove anos e meio de prisão, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, aplicada por Moro contra o ex-presidente.
O levantamento realizado pelo repórter Gustavo Schmitt leva em consideração pedidos que chegaram à primeira e à segunda instâncias nas três ações penais em que o petista responde no Paraná. Entre os recursos, pedidos de habeas corpus, mandados de segurança, embargos de declaração, requerimentos simples e também a apelação de Lula ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), sendo que está última será julgada amanhã.
No tríplex, conforme informa o jornal, a defesa ingressou com 78 petições. “Nem o relator dos casos na segunda instância, o desembargador federal João Pedro Gebran Neto, ficou de fora da mira dos advogados. Lula alegou que o magistrado teria uma amizade “estreita e íntima” com Moro e que esse vínculo poderia interferir no julgamento da causa”, diz trecho da reportagem.
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