quinta-feira, 5 de abril de 2018

Padre é indiciado por ameaçar e difamar secretária após fim de namoro

Michael Melo/Metrópoles
Pouco menos de um mês após a cúpula da Igreja Católica de Formosa (GO) ser presa por suspeita de desviar recursos da instituição, no caso investigado pela Operação Caifás, outro episódio envolvendo religiosos no Entorno do Distrito Federal chama atenção. Desta vez, um padre é acusado de agredir e ameaçar a ex-namorada.
O sacerdote de Cristalina (GO) Jorge João da Silva, 39 anos, foi indiciado pela Polícia Civil de Goiás por difamação, ameaça e perturbação do sossego. A vítima é a secretária da Diocese de Luziânia (GO) Maria Aparecida de Oliveira, 34. De acordo com denúncia feita na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), ela passou a sofrer represálias após terminar o relacionamento de três anos com o vigário. O inquérito foi encerrado e aguarda o relatório da delegada responsável pelo caso.
Maria Aparecida não esconde o rosto, pois, segundo conta, o pior que poderia acontecer já passou: ela teve fotos íntimas impressas e espalhadas pela cidade. “Isso foi distribuído nas casas dos fiéis, dos meus pais e até no meu condomínio. Ontem mesmo [3/4], deixaram seis folhas na porta da minha casa. Não respeitou nem o meu pai, que está com câncer terminal”, lamentou. De acordo com a secretária, a única pessoa que teve acesso às imagens foi o vigário. “Costumávamos trocar essas fotos com o compromisso de apagar as mensagens”, completou.
A exposição foi o estopim de uma série de ameaças que a vítima alega sofrer desde 2016, quando terminou o namoro com o homem – o qual, à época, atuava como pároco em Valparaíso de Goiás. Em entrevista ao Metrópoles, ela relatou ter preferido acabar o relacionamento, pois entendeu que o padre não deixaria a rotina religiosa para assumir o caso entre os dois. “A vida dele é confortável e ele se gabava disso. É e sempre será mantido pela Igreja. Não quis abrir mão dessas facilidades, queria continuar vivendo uma vida dupla”, disse.
Ainda segundo a mulher, ela foi agredida. “Ele já foi na minha casa, me bateu e me ameaçou com um facão”, contou. Por segurança, os filhos de Maria Aparecida tiveram que passar a morar com o pai.
Fonte: Metrópoles

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